sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Prefiro morrer a falecer. Enfim, gostos.

Julgando eu que tivessem morrido quase todos, vem o António Lobo Antunes contar na Croniquinha [Visão, 15.Set.2011] que quase toda a gente faleceu. Confesso que não esperava um eufemismo tão limacídeo na prosa lobantunista.

Se também prefiro o Lobo Antunes ao Saramago? Sim, prefiro; do mesmo modo que prefiro o Saramago ao Lobo Antunes. São ambos bons, se bem que o Saramago sempre me tenha parecido menos boa pessoa, ao invés do Lobo Antunes que tem um feitio, dizem, nada fácil de assoar.
Mas o António Lobo Antunes comove-me mais; e nenhum escritor português metaforiza tão bem.

Enfim, gostos.