domingo, 21 de agosto de 2011

O hino, a bandeira e outra questão de soberania,

à boleia da conversa do Pedro Vieira, estimável Irmão Lúcia, no Diário de Notícias de ontem.
DN [Alexandre Elias] - Sugere alguma alteração ao hino nacional?
Pedro Vieira - Se calhar várias! Não gosto daquela parte do apelo às armas, por exemplo.
DN - Parece-lhe bem a actual bandeira nacional?
PV - A bandeira actual é de um mau gosto horrível. Acabava com a esfera armilar e tirava o escudo e as chagas de Cristo. Devia ser vermelha de fundo com uma bola verde.

Pois eu acho que deveriam encomendar, para o hino - que é uma peça fanfarrona e belicosa, de partitura complexa, bem harmonizada [à alemã, pois então] mas de tessitura puxadíssima - uma música nova ao Jorge Palma [ou a qualquer outro no género desde que não seja a Mafalda Veiga] e uma letra diferente ao Carlos Tê; senão, à Adília Lopes já que a Natália Correia morreu. Quanto à bandeira – uma lúgubre catástrofe polissémica -, o Henrique Cayatte talvez estivesse capaz de conceber um trapo novo e bonito por preço simpático.
Mandasse eu, não deixaria de pôr na encomenda um novo presidente. Ante o desconsolo do actual, até o hino e a bandeira que temos ficam relativamente airosos.