segunda-feira, 26 de março de 2012

Acordo Ortográfico [56]

«[…] O Estado deu licença a uns quantos académicos para nos imporem uma ortografia comum com o Brasil. Falharam. O acordo não unificou as grafias do português. Aproximou-as, quando muito. A humidade ainda não é umidade em Portugal. A aproximação, todavia, resultou nisto: onde antes havia duas ortografias, haverá agora três – a brasileira, a portuguesa e a do acordo. E como o actual governo já admitiu uma reforma do acordo, poderá ainda aparecer uma quarta: a do acordo revisto. […]»
 --- x ---
 «[…] Face aos embaraços constatados no novo acordo, não só em Angola, mas também em Portugal, no Brasil e em outros países da Comunidade, só os asnáticos fogem para a frente e procuram impor pela força o que não conseguem convencer pelo uso da argumentação. O jeitinho do “tomem lá o Acordo e não piem” é uma forma muito pouco urbana, democrática e sensata de tentar resolver o problema. Assim, dificilmente, em português, seremos capazes de nos entender.»