segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Gosto da ASAE

Não confio, de modo geral, na bondade dos indivíduos que diabolizam sistematicamente a ASAE, como se a ASAE fosse personificação do mal, só porque foi criada na governação do engenheiro Sócrates. Apetece-me quase sempre desejar-lhes umas valentes intoxicações alimentares acompanhadas, de cada vez, de três ou quatro dias de glorioso e febril esvaimento disentérico e emético. Quando se sentirem enganados pela contrafacção do que consomem ou lesados pela contrafacção do que produzem, é muito bem feito. E se, nessas circunstâncias, lhes suceder darem por si a recriminar intimamente a ASAE por intervenção menos diligente, mais bem feito ainda. A genuinidade de um bagaço redentor ou a autenticidade de um belo queijo artesanal  soam-me sempre a sofisma.
Tirania securitária ou despotismo salutífero são outra coisa.  
Vendo melhor, se calhar o que me leva a antipatizar com os que não gostam da ASAE é mais forte do que o que me faz gostar da ASAE.
Antes não fosse precisa a ASAE; mas a humanidade não é flor que se cheire.
De menor préstimo, ou nenhum, são por exemplo as Forças Armadas e ei-las aí esplendorosas e imbeliscáveis, a brincar com dois submarinos inúteis e tudo. Porque não as concessiona o Passos Coelho aos chineses? Não vejo que mais mal ao mundo viesse disso.
E, por favor, deixem a RTP 2 e a RTP Memória, ao menos essas, como estão que estão muito bem.