quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Pedro Mexia [05.Dez.1972 - ...] *

«[…]
Aos 40 anos, vivo com "expectativas diminuídas", diminutas, em diminuição. Já sei que não sou melhor nem pior do que os outros, sei ao milímetro aquilo que valho, sei perfeitamente que não vou deixar vestígio, que desapareço quando morrer a última pessoa que me conheceu.
[…] aos 40 anos, não compreendo esse medo de ficar sozinho, que me inquietava ainda aos 33. Ficamos sozinhos quando somos exigentes. Ficamos sozinhos quando não mentimos. Ficamos sozinhos quando defendemos as nossas convicções. É um preço que estou disposto a pagar. E há, digamos, dez pessoas de quem gosto, dez pessoas sobre quem não me enganei, e dez pessoas é um mundo.
[…]»
Pedro Mexia, “Quarenta| Expresso/Atual, 01.Dez.2012
_______________________________________
* Cá nos vamos aguentando agarrados a um hífen.