sábado, 16 de março de 2013

António Guerreiro na Estação Meteorológica,

às sextas, no Ípsilon do Público.

«[…] o que é curioso verificar é que esta visão que a Igreja tem da homossexualidade é reproduzida nos media muito modernos, muito desinibidos, que até preferem dizer “gay” a “homossexual”, mas assim que vêem alguns homossexuais juntos acham que eles não podem estar a fazer outra coisa senão a fornicar ou a reivindicar a consciência de classe. […]»
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«[…] porque não é fácil recuperar ou aprender os gestos, os manifestantes apoderaram-se novamente da Grândola. É uma citação evidente, através da qual uma imagem do passado entra em constelação com o presente. Mas saberá, quem entoa a canção, apreender o que é absolutamente inédito na actual situação, ou estará o seu gesto, como parece, preso a um encanto mítico, a uma cegueira que impede de estar à altura das exigências do nosso tempo? […]»
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«[…] Assim se cumpre o desígnio da musealização do mundo, ou seja, da exposição sub specie aesthetica de tudo o que já fez parte da vida. Eis a estética como factor de anestesia. Eis o museu a elevar o kitsch à máxima potência e a retirar à arte e à cultura todo o efeito. […]»