terça-feira, 28 de abril de 2015

Mário Soares enlouqueceu? *

«O mundo está cada vez pior. A natureza está a revoltar-se contra as agressões sobre a Terra que os mercados usurários lhe estão a causar. O que se passou recentemente no Chile é um exemplo de grande gravidade. Mas não só no Chile, também agora no Nepal, com repercussões na Índia, China e Bangladesh, onde um sismo de grande proporções vitimou milhares de pessoas. Não podemos ver estes factos como meros fenómenos naturais. Mas atenção, se não se agir contra, a Terra, a nossa Casa Comum, corre grandes riscos...»
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*- Mas, ó Plúvio, loucura, ok, todos temos um pouco. E santo, o Marocas, nada?
- Muito:
«A chanceler Merkel, invocando o dinheiro alemão e impondo a política dita de austeridade aos Estados vítimas dessa mesma palavra, que mata, como disse o bom Papa Francisco»
06.Mai.2014
«a austeridade que mata, como diz o Papa Francisco.»
27.Mai.2014
«há personalidades excepcionais que se impõem hoje no mundo, como amantes da paz, da democracia social, dos direitos humanos e do respeito pela natureza. A principal, sem dúvida, é Sua Santidade o Papa Francisco, o amigo dos pobres. Digo-o com total independência porque, como se sabe, nunca fui religioso. Não é só por ser amigo dos pobres e por falar, por igual, com crentes e não crentes, sejam de que natureza for. Mas também por procurar a igualdade entre homens e mulheres e ser contra o domínio dos mercados usurários que hoje controlam a política e estão a destruir o mundo, em busca dos negócios, que lhes tragam cada vez mais dinheiro, mais petróleo, mais gás, mais ouro e outras riquezas e, por outro lado, a destruir perigosamente o ambiente. O Papa Francisco é contra o negocismo, em especial no Vaticano, mas não só, e deplora a austeridade, que, segundo ele, mata.
[…]
Voltando ao Papa Francisco. Na noite de sexta-feira 13 de Junho, Portugal assistiu, através da SIC, a uma entrevista feita por um jornalista judaico, Henrique Cymerman. O Papa respondeu-lhe muito bem e com grande paciência e bondade. O jornalista nem sequer falou uma só vez da Palestina...»
17.Jun.2014
«A Troika é quem manda e a austeridade que, como disse o Papa Francisco, mata, continua a mandar.» 
07.Out.2014
«como disse Sua Santidade o Papa Francisco, a austeridade mata.
[…]
Não sendo religioso tenho seguido com muita atenção tudo o que tem defendido o grande Papa Francisco. É alguém que tem vindo a dar à Igreja um novo rumo de grande importância. Nos últimos dias bem o demonstrou com a abertura de espírito que sempre se tem imposto.»
21.Out.2014
«Os discursos a que me referirei a seguir, de Jean-Claude Juncker e de Martin Schulz, são a prova de que tudo está a mudar, mesmo a austeridade, que mata, como escreveu o Papa Francisco.» 
28.Out.2014
«Um Governo que depende da Troika e que mantém ainda agora a austeridade, que conduz, como diz o Papa Francisco, ao pior.»
04.Nov.2014
«O EXCEPCIONAL PAPA FRANCISCO
Uma edição especial sobre o Papa Francisco foi publicada agora na revista francesa Le Figaro. Vale a pena lê-la porque se ocupa das lições a tirar do Sínodo, de como se governa a Igreja, da visão que tem do Mundo, das reformas que tenciona fazer no Vaticano e, finalmente, de quem é Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco. Não sou religioso, como se sabe, mas não deixo de ter por este Papa um enorme apreço e admiração.»
18.Nov.2014
«No dia em que este texto for publicado, Sua Santidade o Papa Francisco irá falar no Parlamento Europeu, a convite do Presidente Martin Schulz. Será um excepcional e único acontecimento para a União Europeia.»
25.Nov.2014
«SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO
Nunca o Vaticano teve um Papa com a bondade, a generosidade, a dignidade e a capacidade de falar com toda a gente e de correr o Mundo dialogando com católicos e não católicos e crentes e não crentes. Não sou religioso, como se sabe. Não obstante conheci pessoalmente vários Papas, de grande valor, que tive a honra de visitar no Vaticano e que nos anos em que fui primeiro-ministro e presidente da República me visitaram. Mas devo reconhecer que nenhum se pode comparar ao Papa Francisco que, infelizmente, não conheço. A minha Mulher, que se tornou católica desde que o nosso Filho João esteve a morrer e se salvou, é desde então crente e já foi a Roma ver este Papa. O discurso que o Papa Francisco fez no Parlamento Europeu a convite de Martin Schulz, um excelente Presidente do Parlamento, foi notabilíssimo. Condenou as práticas tecnocráticas e economicistas da União Europeia e apelou ao humanismo da acção e ao reforço da dignidade das pessoas. Com uma reacção impressionante e positiva de todos os Grupos Parlamentares. Foi inédita a ida do Papa Francisco à Turquia, onde foi recebido com todo o respeito pelos mais altos dignitários da Igreja Ortodoxa, que têm tomado consciência do papel do Papa Francisco em prol da paz e da dignidade da pessoa humana.
[...]
Só duas pessoas têm criticado a nível mundial o pior: o Papa Francisco e o Presidente Barack Obama, que sabem os perigos do futuro e têm feito tudo para o tornar melhor. Que sejamos capazes de lutar pelo que nos ensinam. Visto que ambos, crentes ou não, se compreendem bem.»
02.Dez.2014
«O PAPA FRANCISCO
Os portugueses, em geral, sabem que não sou religioso. Mas num país de gente católica e dadas as funções que exerci, conheci alguns Papas que vieram a Portugal - e em especial a Fátima - e eu tive que os acompanhar, e um pelo menos levei à Madeira e aos Açores. Outros como João Paulo II, visitei no Vaticano quando fui a Assis. O meu Pai foi padre - mas conseguiu casar religiosamente com a minha Mãe - que não era especialmente religiosa ou, como dizia o meu Pai: "Só se lembrava de Santa Bárbara quando trovejava..." Vem isto a propósito do actual Papa Francisco que eu considero alguém de muito excepcional qualidade ética e que muito admiro. Há um livro intitulado "A Revolução suave do Papa Francisco" da autoria de Victor Manuel Fernández em conversa com Paolo Rodari, de tradução portuguesa, que diz: "Para o Papa Francisco, a Igreja deve saber adiantar-se, tomar a iniciativa sem medo, sair ao encontro, procurar o que está longe e ir às encruzilhadas dos caminhos, convidar os excluídos". É o que tem feito de uma forma extraordinária. Sua Santidade o Papa Francisco na mensagem que enviou à vigésima Conferência sobre o clima, que terminou no dia 12 no Peru disse - cito: "O tempo para enfrentar as mudanças climáticas está a esgotar-se". É em absoluto verdade. Cito: "As consequências das alterações climáticas, já se sentem de forma dramática... Lembram-nos da gravidade da incúria e da inacção". Honro-me de ter dito isso mesmo no ano passado quando as ondas enormes destruíram parte das areias de toda a costa portuguesa. O Papa Francisco é um homem invulgar que fala com toda a gente, sobretudo os mais pobres e mais necessitados, que vai a todo o lado e que dialoga com os crentes e os não crentes e toda a espécie de religiosos: ortodoxos, judeus e islamitas. E é acima de tudo um verdadeiro Santo.
[…]
Falo da mudança de clima como referiu o Papa e do que já escrevi em textos anteriores, mas que de novo vai acontecer, como ou pior, do que no passado inverno, quando destruiu muitas das nossas praias.»
23.Dez.2014
«impuseram-se duas personalidades de excepção, que sendo muito diferentes, se evidenciaram em defesa de causas da humanidade, sobretudo dos mais pobres, doentes, velhos e jovens, e se bateram contra o endeusamento dos mercados. São eles o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o Papa Francisco.
[…]
Quanto ao Papa Francisco, pode considerar-se verdadeiramente excepcional visto que está a transformar, no plano da igualdade democrática, o Vaticano. Mas não só. No plano internacional, tem percorrido o Mundo e, por onde passa, propõe activamente a paz, a luta pela dignidade das pessoas e dos seus direitos, destacando especialmente os que mais sofrem. Fala com católicos e seguidores de todas as outras religiões, crentes e não crentes. Por isso as pessoas de todos os Continentes o respeitam e os que acreditam nos direitos humanos, o admiram.»
30.Dez.2014
«O PAPA FRANCISCO
«Na época natalícia o Papa Francisco não se cansou de defender os pobres onde quer que existam. Mas a mensagem papal no início do ano — 1 de Janeiro de 2015, também o Dia Mundial da Paz — foi excepcional, evocando "a luta contra as formas modernas de escravidão". Na União Europeia, desde a sua fundação, nunca se pensou em qualquer forma de escravatura. Talvez porque todos os Estados tinham uma forma aberta de democracia social e de liberdade. Que desapareceu em Portugal na actualidade. Mas os mercados usurários, não só criaram grandes problemas à Terra, a ponto de a poder destruir, como através da globalização tentaram criar na União Europeia crises, em vários Estados, de forma a destruí-los através da chamada austeridade, que segundo o Papa, mata e que o Governo português desgraçadamente continua a manter. Talvez, por isso, na Mensagem do 1º de Janeiro, o Papa Francisco pediu — e muito bem — que se lute "contra as formas modernas de escravatura".
[...]
milhares de portugueses foram obrigados a emigrar por falta de trabalho, além de muitos outros terem visto serem reduzidas as suas pensões, a ponto dos filhos e eles próprios passarem fome. Não será isto, como disse o Papa Francisco, "uma forma de opressão moderna"? Ou seja, volto a citá-lo: "a corrupção de quem está disposto a fazer qualquer coisa para enriquecer". Não há qualquer oportunidade para trabalhar em Portugal e por isso há tanta escravidão e servidão. Há imensa corrupção e, como disse o Papa na sua Mensagem de Ano Novo, "A corrupção acontece no centro de um sistema económico onde está o deus dinheiro e não o homem, a pessoa". E acrescentou: "as formas de escravidão modernas são a prostituição e o tráfico de órgãos", tendo também destacado "o direito de toda a pessoa a não ser submetida à escravidão nem à servidão". Por fim, referiu "os conflitos armados, a violência, o crime e o terrorismo", ou seja, outras formas de escravatura. O Vaticano está de parabéns com este extraordinário Papa.»
06.Jan.2015
«UM PAPA ADMIRÁVEL
Apesar de não ser religioso, como os portugueses sabem, por dever de ofício tive a honra de conhecer vários papas inteligentes e extremamente correctos. Mas nunca nenhum como o Papa Francisco, que admiro imenso, apesar de nunca ter tido a oportunidade de o conhecer pessoalmente. A minha mulher sim, foi a Roma especialmente para o conhecer e, no meio da multidão, beijou-lhe as mãos. E não o esquece e admira-o, tendo lido quase todos os livros publicados sobre o Papa. No último domingo, o Papa Francisco esteve nas Filipinas e não deixou de criticar "as escandalosas desigualdades sociais do país e a necessidade de dar combate às corrupções". Disse-o numa missa com sete milhões de pessoas. Situações que não existem só nas Filipinas mas também em alguns Estados da União Europeia, como por exemplo em Portugal, devido também à austeridade que tem vindo a destruir o nosso pobre país, desde que existe o actual governo. Austeridade, diga-se, que o Papa Francisco diz — e muito bem — "que mata". O Papa Francisco disse nas Filipinas que "a corrupção é endémica e atravessa todos os sectores da economia, da administração pública e do sistema judicial, através de aliciamentos, subornos, desfalques, negócios paralelos, nepotismo e favorecimento". E acrescentou que "em 2008, o Banco Mundial considerou este país o caso mais grave de corrupção da Ásia". Pensei em Portugal e perguntei-me: se o Papa vier um dia a Fátima e compreender o que se está a passar no nosso querido país, o mais pobre da União Europeia, sem que o patriarca lhe diga nada sobre a situação do nosso povo, tão amargurado e exaurido e que levou tantos portugueses ao exílio, o que irá pensar e dizer? Nada de bom, seguramente.»
20.Jan.2015
«Austeridade que mata, como disse o Papa Francisco com a sua sagacidade.»
27.Jan.2015
«há duas figuras exemplares que tudo têm feito para mudar a situação deste nosso planeta, que pode desaparecer de um momento para o outro. Refiro-me ao Papa Francisco e ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
[…]
(Pedro Passos Coelho) considerou a vitória de Tsipras como uma brincadeira de crianças e pretende manter a austeridade que, segundo o Papa Francisco, mata.»
03.Fev.2015
«E que deixe cair a austeridade, que mata, como disse o Papa Francisco.»
10.Fev.2015
«Como o Papa Francisco com a sua visão vem dizendo: "a austeridade mata".»
17.Fev.2015
«a austeridade que mata, como diz o Papa Francisco, mantêm-se inalterável.
[…]
ministros gregos, que entendem como necessário para os Estados democráticos e de direito acabar em absoluto com a austeridade que, como tão bem disse o Papa Francisco, mata.»
24.Fev.2015
«o Papa Francisco, que tem tido uma extraordinária importância na relação entre o que pensa e diz e as pessoas que, por todo o mundo, o ouvem. Por mim, que não tenho qualquer religião, mantenho por ele uma grande admiração.»
24.Mar.2015
«Os contactos que António Costa teve com o Papa Francisco, bem como com os socialistas espanhóis e italianos, foram importantes.
[…]
também contam a inteligência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e todas as importantes acções do grande Papa Francisco, sempre ao lado dos pobres.»
31.Mar.2015
«(António Costa) conheceu e falou com o Papa Francisco, amigo dos pobres e dos que defendem a democracia e a liberdade.
[…]
Toda a gente sabe que não sou religioso, de nenhuma religião. Mas nestes últimos dias decidi ler alguns textos do Papa Francisco de grande sensibilidade humanística. Fala com toda a gente e sobretudo com os mais pobres e necessitados, tendo na Páscoa visitado presos de uma cadeia italiana e denunciado o massacre contra católicos no Quénia. Essa característica fez que eu, talvez pela primeira vez, tenha respeitado a Quinta-Feira Santa, que, fiquei a saber, foi o nome dado ao dia em que Jesus celebrou a Páscoa judaica com os seus 12 discípulos. Evento também conhecido como a Última Ceia. Mas também segui a Sexta-Feira Santa como uma festa religiosa cristã, que relembra a crucificação de Jesus Cristo e a sua morte no Calvário. E ainda a comemoração da fé cristã, a crença de que Jesus morreu e ressuscitou ao terceiro dia, que culmina no domingo de Páscoa. Claro que nos tempos que correm não se pode invocar tão-só a fé cristã, porque há outras religiões que se impõem, particularmente a religião muçulmana, que, porventura num futuro próximo, terá mais seguidores do que a cristã. Num mundo em crise, em que há tantas guerras e conflitos, pobreza e outras desgraças, é importante ter em conta as diferentes religiões. Tendo o Papa Francisco apelado ao espírito de solidariedade que, como diz "... constitui um fermento de esperança".»
07.Abr.2015
«antes do [de o, s.f.f., senhor doutor] actual governo ter iniciado as suas funções, aderindo à austeridade que mata, como diz o Papa Francisco
[…]
sempre considerei o presidente Barack Obama um político excepcional, só igualável ao Papa Francisco»
14.Abr.2015
«O Papa Francisco pronunciou-se com muita inteligência sobre o assunto e fez um apelo veemente à União Europeia para que se encontrem soluções para a tragédia a que se tem assistido»
21.Abr.2015
«como o Papa Francisco diz, a austeridade mata, e tem vitimado muitos portugueses. É preciso acabar com ela.»
28.Abr.2015
- Palavras de Mário Soares, negritos meus, recolhidas aqui e aqui, do seu apostolado no Diário de Notícias dos últimos 12 meses, de Maio de 2014 a Abril de 2015 -

Com três padres a jantar lá em casa e o bordão Papa Francisco a formigar-lhe a prosa, não espanta que Mário Soares, "apanhado do clima", rume agora para a santidade, desacreditando e borrifando-se no entendimento do mundo físico do seu proto amigo fraterno Mário Ruivo. A esta hora da madrugada e ante a insânia dos elementos, não consigo confirmar se o emérito cientista e conselheiro vitalício da fundação epónima perfilhou entretanto, igualmente, alguma explicação sócio-económico-político-financeira do ciclo das marés e da direcção dos ventos.

Apetece dizer que a natureza é humana.

Contra terramotos e vulcões, marchar, marchar!